1.3.2 Do Porto do Guimarães a Nova Milano
Após permanecerem uns dias no abrigo
da Vila Rica, em São Sebastião do Caí, os imigrantes italianos pegaram a antiga
estrada Rio Branco, por Vigia, Escadinhas (Feliz) bairro Matiel (Feliz),
fizeram a travessia pelo “passo” da Boa Esperança* do rio Caí,** para o lado da
Vila Feliz (somando uma distância de cerca de 23 km). Após, atravessaram o
centro de Feliz, pela Rua Santa Catarina (aberta em 1846, iniciava no “passo” e
entre curvas, seguia até a grande montanha), ladearam o armazém (local onde mais tarde foi instalado o Hospital Schlatter) e
seguiram até o cume do “Morro das Batatas”, um lugar bucólico, onde em 1874 foi construída a Igreja dos Jesuítas (Santo Inácio), que permanece ativa até os
dias atuais (da ponte de Feliz até a igreja, caminharam cerca de 5 km).
[...]
* Nota: Passo da Boa Esperança ficava em
Santa Catarina da Feliz, onde em 1900 foi instalada a ponte de ferro, importada
da Bélgica
* . Masson, 18-22: A
nascente do rio Caí: fica em São Francisco de Paula, com o nome de arroio Santa
Cruz e na altura do arroio dos Macacos passa a chamar-se de rio Caí. Banha os
municípios de São Francisco de Paula, Caxias do Sul, Canela, Nova Petrópolis,
Vale Real, Feliz, Bom Princípio, São Sebastião do Cai, Pareci, Harmonia, Capela
de Sant’Anna, Montenegro, Triunfo, Nova Santa Rita, Canoas e após, desemboca no
rio Jacuí. Seus afluentes são os arroios: dos Macacos, Santa Lúcia, Piaí,
Pinhal, Belo, Caracol, Pirajá, Paraíso, São José, Paixão, Matão, Gaúcho,
Forqueta (Ouro/Guassu), Arroio Feliz, Cará, Forromeco, Jaguar, ou Tigre,
Sepultura, Cadeia, Três Mares, Mauá,
Maratá e outros. Para fazer a travessia do rio Caí, os imigrantes tinham três
opções: “passo” do Selbach (Escadinhas), “passo” da Boa Esperança e “passo” da
Feliz.
Pesquisadora e poetisa
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