A primeira sede administrativa da Colônia Caxias foi Nova Milano e a segunda, o Distrito de Nova Vicenza (Farroupilha) e em 1918, em face ao acentuado crescimento, tornou-se a sede administrativa do 3º Distrito de Caxias. Em 1927 Farroupilha passou a ser o 2º distrito de Caxias. Em 11 de dezembro de 1934 emancipou-se, sendo-lhe atribuído esse nome em homenagem ao Centenário da Revolução Farroupilha, comemorado no ano seguinte.(CHIARELLO, p. 23)
A Linha Boêmia é a localidade mais antiga do município, foi fundada e colonizada, a partir de 1872, por um grupo de imigrantes europeus, alguns da Alemanha e maioria vindos da Bohêmia, da Tchecoslováquia (atual República Tcheca), Estado situado na Europa Central, entre a Alemanha, Áustria e Polônia, núcleo formado pelas famílias: Lorenz, Dressler, Candier, Dietrich,* Hildebrandt, Fell, Shlomp, Saischek, Saustchek, Hummer e Weis.** Dessa forma, haviam preparado o caminho dos pioneiros imigrantes italianos, que seguiram até o “Barracone”, ou ”Nuova Milão”. Anos após, os italianos migraram para essa região mais baixa ficando a Linha Boêmia quase integralmente povoada por milaneses, motivo pelo qual passou a pertencer ao território de Farroupilha.**
Além das vinícolas existentes, foram instalados no município estabelecimentos comerciais, que carregavam em suas razões sociais os sobrenomes dos pioneiros imigrantes da região, entre eles: Indústria e Comércio Zanella, Casas Comerciais: Finn, Bartelle, Farinon, Bombardelli, Lazari; Indústria de Móveis Perottoni, Mercado Pedó, Agropecuária Fantton, Liceu Musical Palestrina (Beltrame), Lojas Colombo (sede), Sapataria Bortolli, Grupo Ruaro, Restaurante Butelli, Grendene (Bartelle), Trombini, Lancheria Pegoraro, Studio Dal Monte, Hotel Roth, Malharias: Farroupilha (Fole), Francischini, Panis, Nídia (Fuhr); Móveis Dorigon, Oficina Bartelle, Ferragem Weissheimer e outros estabelecimentos situados próximos à estrada Júlio de Castilhos, que corta o centro da cidade.***
Entre 1910 e 1920, o farmacêutico Dionísio Cibelli inaugurou sua pequena farmácia na Vila Nova Vicenza (Farroupilha). Alguns anos depois, o médico Dr. Jayme Romeo Rössler instalou no mesmo local a primeira “Casa de Saúde” de Farroupilha, com o nome de Hospital Rössler, onde exerceu sua profissão durante décadas.
Os pontos turísticos mais visitados do município são: Cascata do Salto Ventoso, Parque do Centenário, Santuário de Caravaggio, Parque dos Pinheiros, Museu Casa de Pedra e o Vale Trentino.
Com o passar dos anos a cidade espalhou-se para o lado de Caravaggio (Linha Palmeiro) e “Volta Grande”. Inúmeros centros comerciais e indústrias foram instalados por toda parte, merecendo destaque as malharias, indústrias de calçados e indústrias moveleiras.
Farroupilha emancipou-se de Caxias do Sul no dia 11 de dezembro de 1934. Os primeiros prefeitos do município foram: Armando Antonello (nomeado em 1934/1937); José Baumgartner, eleito pelo povo (1947/1951); Ângelo Bartelle (1951/1951); Jaime Romeu Rössler (1951/1955); Giacomo Valentim Luchese (1956/1959); José Francischini (1959/1959); João Grendene (1960/1963); Arno Domingos Busetti 1964/1969); Avelino Maggioni (1969/1973), (1977/1983) e (1997/2000).
O foro da Comarca de Farroupilha foi criado no dia 12 de agosto de 1966; o primeiro Juiz de Direito foi o Dr. Waldocyr Silveira Viegas e o primeiro Promotor de Justiça o Dr. João Pedro Cavalli.
Além da plantação de uvas e produção de vinho, o município passou a cultivar kiwi e bianualmente realiza a Festa Nacional do Kiwi, nos pavilhões da Fenakiwi. A cidade também é conhecida como a Capital Nacional da Malha.
* Meus bisavós maternos, Joseph Kronitzky e Maria Dietrich (ela, filha de Agostinho Dietrich e Antônia Tiatton Rotta), casaram-se na Igreja de Feliz-RS., conforme certidão de casamento extraída do livro 1, fl .36, de 11/09/1883. Fonte: Arquivo Histórico da Cúria Metropolitana de Porto Alegre AHCHPA.
** JornalFarroupilhawww.jornalfarroupilha.com.br/noticia.=2984/edição 28.11.2008/consultado em 13/07/2014.
*** Farroupilha, disponível em: www.Farroupilha.rs.gov.br/consultado em 22/07/2014.
Rosa Maria B. Kaspary
Pesquisadora e poetisa
Boa noite, pesquiso sobre a família Diettrich, e descendo de Agostinho Diettrich morador de Picada dos Boêmios, mas creio que suas informações estejam erradas a respeito dele, entre em contato comigo, para trocarmos informações. Gustavo Stölben obrigado.
ResponderExcluirEstou tentando encontrar a origem de meus ascendentes. Meus avós se chamavam Elvina Diettrich (*1908) e João Diettrich (*1905). Eles moravam na Linha Boêmios. Meu bisavô se chamava Sigismondo (Sigmund) Dittrich (Diettrich) e tambem morava na linha Boêmios. Foi casado com Luiza Zanella. Tambem teve um filho chamado Vilibaldo Dittrich. Por acaso já viram algum desses nomes por aí?
ExcluirOi Gustavo! Pelo visto somos parentes! O Agostinho Dietrich, era casado com Antonia Tiatton (Rotter?) eram os pais de Maria Dietrich, nascida em 08/12/1866 (minha bisavó, nos finados costumo visitar o túmulo dela, em Alto Feliz). Seria a irmã mais nova de teu trisavô Rudolpho Dietrich, nascido em 14.02.1865? Esse "Tiatton" pode ser um equívoco do Pe. registrador da época! Um abraço. Rosa Maria.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJustificando: Conforme pesquisas realizadas em “documentos” expedidos antes de 1890: Maria Dietrich Kronitzky, e/ou Gronitzky, nasceu na Bohemia, Checoslováquia (atual República Checa), em 08/12/1866 (f.1946), filha de Agostinho Dietrich e Antonia Tiation (meus trisavós maternos) (Antonia era filha de Antonio Rotta e de Emília Tiation, meus tataravós). Maria Dietrich casou-se com Joseph Kronitzky (filho do professor Otto Frederico Gronitzky e de Margarida Bach, meus trisavós), em 11/09/1883, consoante Livro de Registros nº 1, fl. 36 da Igreja de Feliz/RS. Constatou-se que, minha bisavó Maria tinha irmãos brasileiros, a saber: Ana Agnes Dietrich, registrada no Livro nº 3, fl 161 da Igreja de São José do Hortêncio e Frederico Dietrich, à fl. 210, do mesmo Livro, bem como as irmãs Bertha (1878) e Albina Ermínia (1880), registradas no Livro da Igreja de Santo Inácio da Feliz. Nos registros consultados foram atribuídos sobrenomes diversos à Antonia: Tiation Rotta, Tiotion Rotta, Tittion Rotta e Gerthion Rotta.
ResponderExcluirOLá Rosa Maria! Eu estava pesquisando sobre a origem de minha família e encontrei seu blog. Sou bisneta de Hugo Dietrich (filho de Agostinho Dietrich e Antonia Rother). Segundo registros de partida dos navios de imigrantes de Hamburgo, Hugo veio para o Brasil com 9 meses, no navio Santos em 31 de julho de 1872. Nasceu em 1871 em Wiesenthal (Böhmen), nao tenho a data exata do nascimento. Gostaria de lhe perguntar se você tem mais informações sobre a família Dietrich e como fazer para conseguir os documentos de nascimento na Alemanha, já que as regiões mudaram, não sei nem por onde começar a procurar! Qualquer informação compartilhada será muito bem vinda! Muito obrigada! Cris Dietrich - Santa Maria RS. (crisdietrich@gmail.com)
ExcluirOlá! Estou tentando encontrar a origem de meus ascendentes. Meus avós se chamavam Elvina Diettrich (*1908) e João Diettrich (*1905). Eles moravam na Linha Boêmios. Meu bisavô se chamava Sigismondo (Sigmund) Dittrich (Diettrich) e tambem morava na linha Boêmios. Foi casado com Luiza Zanella. Tambem teve um filho chamado Vilibaldo Dittrich. Por acaso já viram algum desses nomes por aí?
ExcluirOlá Cris! Então, minha bisavó Maria Dietrich Kronitzky (nascida em 1866, na Boêmia, antiga Checoslováquia e atual República Checa) é irmã do seu bisavô Hugo Dietrich (nascido em 1871). Para pesquisar a nacionalidade, escreva no google “Böhmen (tschechisch Čechy, lateinisch Bohemia)” e terá como resposta, no tradutor: “Bohemia (Czech Čechy) é uma das terras históricas da coroa checa. É agora parte do território da República Checa...” Quanto a Wesenthal, não localizei essa expressão... Segue in off...
ResponderExcluir