Os primeiros imigrantes italianos que
desembarcaram dos “vapores” no porto de Montenegro, seguiram para Conde D’Eu
(Garibaldi) e para Princesa Isabel (Bento Gonçalves) pela picada do Maratá,
passando por São José do Sul, Campestre (Salvador do Sul), Poço das Antas
(beirando à direita), São Pedro da Serra, Linha Francesa, Barão, Santa Clara,
Carlos Barbosa, Garibaldi e os destinados a Bento Gonçalves, seguiram por mais
uns 12 quilômetros.
[...]
Em 1906, para facilitar e encurtar a jornada dos
imigrantes o governo construiu a barragem Rio Branco, uma eclusa, que permitia
a navegação com eficiência até o porto do Guimarães.(MASSON,p.105)
Quando os imigrantes
italianos, destinados a Garibaldi e Bento Gonçalves desembarcavam em São
Sebastião do Caí, acessavam estradas carroçáveis, lugares habitados por
imigrantes germânicos, austríacos, poloneses, holandeses e franceses, moradores de Bom Princípio, Santa Teresinha, Piedade e São
Vendelino.
A estrada dos imigrantes, do porto do Guimarães a
Garibaldi e Bento Gonçalves, partia de São Sebastião do Caí, passava por Bom
Princípio (12 km), Santa Lúcia e Santa Teresinha (5 km), ladeava a pedreira,
cruzava a atual RS122, seguindo pelos fundos da atual Indústria de Schmier Kaspary; a partir dalí passava a margear o arroio
Forromeco, passando por Piedade (6 km) e São Vendelino (3 km). Até ali o trecho
era relativamente plano, uma distância de aproximadamente 26 quilômetros, a
contar do porto do Guimarães. Depois de São Vendelino o trajeto passava a ser
mais íngreme e pela “picada” onde havia apenas cortes na floresta, obstruídos,
às vezes pelos cepos das árvores abatidas, conservados somente com o pisotear
das mulas e, mais tarde, pela passagem das carroças.(ROCHE, p.67-68)
[...]
Rosa
Maria B. Kaspary
Pesquisadora
e poetisa
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