segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Do Porto de Montenegro e do Guimarães até Garibaldi e Bento Gonçalves


Os primeiros imigrantes italianos que desembarcaram dos “vapores” no porto de Montenegro, seguiram para Conde D’Eu (Garibaldi) e para Princesa Isabel (Bento Gonçalves) pela picada do Maratá, passando por São José do Sul, Campestre (Salvador do Sul), Poço das Antas (beirando à direita), São Pedro da Serra, Linha Francesa, Barão, Santa Clara, Carlos Barbosa, Garibaldi e os destinados a Bento Gonçalves, seguiram por mais uns 12 quilômetros.
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       Em 1906, para facilitar e encurtar a jornada dos imigrantes o governo construiu a barragem Rio Branco, uma eclusa, que permitia a navegação com eficiência até o porto do Guimarães.(MASSON,p.105) Quando os imigrantes italianos, destinados a Garibaldi e Bento Gonçalves desembarcavam em São Sebastião do Caí, acessavam estradas carroçáveis, lugares habitados por imigrantes germânicos, austríacos, poloneses, holandeses e franceses, moradores de Bom Princípio, Santa Teresinha, Piedade e São Vendelino. 
       A estrada dos imigrantes, do porto do Guimarães a Garibaldi e Bento Gonçalves, partia de São Sebastião do Caí, passava por Bom Princípio (12 km), Santa Lúcia e Santa Teresinha (5 km), ladeava a pedreira, cruzava a atual RS122, seguindo pelos fundos da   atual Indústria de Schmier Kaspary; a partir dalí passava a margear o arroio Forromeco, passando por Piedade (6 km) e São Vendelino (3 km). Até ali o trecho era relativamente plano, uma distância de aproximadamente 26 quilômetros, a contar do porto do Guimarães. Depois de São Vendelino o trajeto passava a ser mais íngreme e pela “picada” onde havia apenas cortes na floresta, obstruídos, às vezes pelos cepos das árvores abatidas, conservados somente com o pisotear das mulas e, mais tarde, pela passagem das carroças.(ROCHE, p.67-68)
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Rosa Maria B. Kaspary
Pesquisadora e poetisa
                       




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