A “colônia” de Feliz foi fundada em
1846, em parte pelo governo imperial e em parte por particulares, com os
seguintes locais: Bom Fim, Forromeco, São Pedro, Nova Palmira, Picada Cará,
Linha Temerária, Linha Cristina e Sebastol. Dois anos após foi fundada a
“colônia” de Caí, que compreendia: Caí, Escadinhas e parte de Arroio Bonito e
Vigia.(
MASSON, p.87)
Em 1890, ano da emancipação de Caxias
do Sul, Feliz era um Distrito de São Sebastião do Caí, que tinha armazéns,
cinema Noll, salões de baile, beneficiadora de leite Bennemann e outros. Fazia
a cobrança de pedágio no “passo da esperança” e a partir do ano de 1900
iniciou-se a cobrança de pedágio pela passagem de veículos na ponte de ferro; as
arrecadações eram remetidas aos cofres do município de São Sebastião do Caí. Em
1893 foi fundada a Cervejaria e Bebidas Ruschel, no distrito de Feliz..
Segundo Masson, em 1940 Feliz
sinalizava perspectivas de progresso (pertenceu
a São Sebastião do Caí até 1959):
“Feliz, sede do
distrito mais populoso do município é um dos mais ricos. Existe no lugar um bom
hotel. A luz é elétrica. O rio Caí passa pela parte central da vila, onde há um
excelente balneário. O Dr. Schlater (filho), formado pela Faculdade de Medicina
de Porto Alegre, mantem na vila um hospital particular”.
(MASSON,p.39-40)
Hodiernamente o município é composto pelas localidades de Escadinhas,
São Roque, Arroio Feliz, Bom Fim, Vale do Lobo, Roncador, Coqueiral, Bananal,
Morro das Batatas (subida), Matiel, Vale do Hermes, Roseiral, Vila Rica, Picão
e Canto do Rio. O dialeto da língua falada no interior do município é o
Riograndenser Hunsrückisch, originário e falado na região de Hunsrück, do
sudoeste da Alemanha.
Em 1998 a cidade ficou nacionalmente
conhecida como “a cidade de melhor qualidade de vida do Brasil”. Foi a primeira
colocada no “ranking” dos municípios brasileiros, com maior índice de
desenvolvimento humano (IDH) e pela primeira vez na história o Brasil integrou
o grupo dos países com alto IDH, ocupando o 62º lugar no “ranking” mundial. (Feliz,disponível em: http://www.feliz.rs.gov.br/consultado em18/07/2014)
Atualmente
o município conta com uma cervejaria, a Eisenbrück de Feliz, fundada em 2007 por três antigos
funcionários da Antártica. O nome da empresa é uma homenagem à cidade, seus
colonizadores e à ponte de ferro.
A cidade
é um verdadeiro cartão postal, no centro as edificações em estilo enxaimel embelezam: os órgãos públicos, a SOCEF e os Bancos. Os locais mais visitados
pelos turistas são: o Parque Municipal, a ponte de ferro da Bélgica, o
Museu Municipal, igreja e a praça. Merecem destaque especial as bandas musicais e o grupo de danças
folclóricas alemãs.
Em 17 de fevereiro de 1959 o município de Feliz emancipou-se de São Sebastião do Caí e elegeu o seu primeiro prefeito: Kurt
Walter Graebin e vice-prefeito: Adalberto Weissheimer.
O Foro da Comarca de Feliz foi criado
no dia 21 de dezembro de 2000 e a primeira Juíza de Direito foi a Drª Marisa
Gatelli e Promotor de Justiça o Dr. Rafael Russomanno Gonçalves.
A cidade realiza anualmente a Festa
Nacional do Chopp, que é promovida pela Associação Cultural e Esportiva Feliz –
SOCEF, uma festa inspirada na Oktoberfest de Munique da Baviera (Alemanha),
idealizada por Victor Ruschel. O evento visa valorizar
a cultura germânica.
Nos anos pares a cidade comemora a
Festa Nacional da Amora, Morango e Chantilly, no Parque Municipal da cidade.
Rosa Maria B. Kaspary
Pesquisadora, poetisa e advogada
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