Garibaldi
Os
desbravadores de Garibaldi foram imigrantes de diversas etnias, contudo, apesar
da diversificação, a cultura italiana predominou. As famílias sírias: Koff,
Nehme, Mereb, Lahude e Nejar, desenvolveram o centro da cidade com suas casas comerciais.
Ao longo da estrada Buarque de Macedo também foram edificados hotéis.
Em 1913 a
família do Engenheiro agrimensor Manoel Peterlongo, natural de Trento, do Tirol
italiano, produziu o primeiro
“champanhe” do Brasil chamado de Peterlongo.
As vinícolas
são as maiores atrações da região: 80% do espumante e 60% do vinho nacional são
fabricados em Garibaldi e região. As vinícolas “Chandon”, Georges Aubert”,
“Peterlongo”, dentre outras, permitem a visitação e degustação. Além de ser a
terra do espumante, Garibaldi também é o maior produtor de frango do Rio Grande
do Sul e segundo maior do Brasil.[1]
O município emancipou-se de Montenegro
no dia 31 de outubro de 1900 e teve como primeiro prefeito o Cel. Jacob Nicolao
Ely (1900/1908). O foro da Comarca foi criado no dia 05 de dezembro de 1964 e o
primeiro Juiz de Direito foi o Dr. Fernando Rosa Grassi.
A cidade
comemora anualmente a Fenachamp - Festa do Espumante Brasileiro, nos pavilhões
da Fenachamp.
No início da imigração a comunidade de
Garibaldi enfrentou muitas agruras, porém os seus líderes sempre acreditaram na
força do seu povo e isso se constata no estribilho do Hino às Uvas, composto em
1913, pelo Intendente do Município (prefeito), Coronel Affonso Aurélio Porto:
“Que de uvas se engrinalde
Teu solo, amado torrão,
Fazendo de Garibaldi
A terra da Promissão”.
O hino mais se parece com uma
profecia. É profundo e inspirador, ao ponto que ousei responder o refrão:
Na terra da promissão
Jorram vinhos espumantes
Nas taças, há coroação
Com as gotas borbulhantes. (Rosa
M.B.Kaspary)
E toda região serrana, se
“engrinaldou”! É o resultado do trabalho e da persistência do povo Italiano,
que plantou, investiu e desenvolveu técnicas para chegar à excelência.
Bento Gonçalves
No
início do século XX, a rede ferroviária chegou à região, facilitando o
escoamento da produção de vinho, proporcionando uma base econômica sólida para
o município.
Os imigrantes italianos trouxeram em suas bagagens o conhecimento milenar, adquirido com os ancestrais: eram agricultores, com inclinação à viticultura, carpinteiros, ferreiros, marceneiros, sapateiros, alfaiates etc. No início careciam de matéria prima, porém adaptaram suas experiências e gradativamente foram se aperfeiçoando. Em 1883, oito anos após a chegada dos pioneiros a Nova Milano, o sociólogo e publicitário Carlos Von Koseritz relatou em sua coluna da Gazeta de Porto Alegre:
“Quem atravessa as três grandes colônias italianas do Estado, como nós atravessamos, e vê as numerosas roças que foram abertas no mato virgem, as parreiras, sem número e sem conta, as bem construídas casas de tábuas, os numerosos moinhos, fábricas de vinho, cerveja e aguardente, fábrica de móveis, de madeira e palha, os teares, as oficinas, que existem por toda parte, fica realmente surpreendido por tão extraordinário progresso”.(Fortini,p, 14)
Os imigrantes italianos trouxeram em suas bagagens o conhecimento milenar, adquirido com os ancestrais: eram agricultores, com inclinação à viticultura, carpinteiros, ferreiros, marceneiros, sapateiros, alfaiates etc. No início careciam de matéria prima, porém adaptaram suas experiências e gradativamente foram se aperfeiçoando. Em 1883, oito anos após a chegada dos pioneiros a Nova Milano, o sociólogo e publicitário Carlos Von Koseritz relatou em sua coluna da Gazeta de Porto Alegre:
“Quem atravessa as três grandes colônias italianas do Estado, como nós atravessamos, e vê as numerosas roças que foram abertas no mato virgem, as parreiras, sem número e sem conta, as bem construídas casas de tábuas, os numerosos moinhos, fábricas de vinho, cerveja e aguardente, fábrica de móveis, de madeira e palha, os teares, as oficinas, que existem por toda parte, fica realmente surpreendido por tão extraordinário progresso”.(Fortini,p, 14)
Hodiernamente
o município é conhecido como a capital brasileira do vinho e se configura como
o maior produtor de uvas do Rio Grande do Sul e o maior produtor de vinhos e
derivados de uva do Brasil. Várias das empresas de destaque no cenário nacional
tem sua sede em Bento Gonçalves, como: Vinícola Aurora, Vinhos Salton, Miolo
Wine Group e Casa Valduga. Além das grandes empresas também há outras, bem
como, as pequenas vinícolas familiares que contribuem com a diversidade e
qualidade dos produtos elaborados. Existem aproximadamente 79 vinícolas
instaladas no município.[2]
Bento
Gonçalves emancipou-se de Montenegro no dia 11 de outubro de 1890 e seu
primeiro prefeito foi o Cel. Antônio J. Marques de Carvalho Junior (1892/1924)
e o segundo foi o Eng. João Batista Pianca (1924/1928).
O foro da Comarca foi criado no dia 17
de dezembro de 1907 e o primeiro Juiz de Direito foi o Dr. José Gonçalves
Ferreira Costa e Promotor de Justiça o Dr. José Bernardo de Medeiros Junior.
A cidade recebe anualmente milhares de
turistas, oferecendo aos seus visitantes o famoso passeio de “Maria Fumaça” com
o trem que passa pela Ferrovia do Vinho, onde em cada estação são realizadas
apresentações folclóricas, com uma parada em
Garibaldi, sendo sua última estação em Carlos Barbosa.
Um dos lugares mais visitados pelos
turistas é o Vale dos Vinhedos de Bento Gonçalves, formado por parreirais,
vinícolas, hotéis e restaurantes. O centro da cidade também é visitado, em
especial a vinícola Aurora, Clube Ipiranga, igreja e os restaurantes com suas
comidas típicas italianas.
Bento Gonçalves realiza anualmente a Festa
Nacional do Vinho - FENAVINHO. Além da uva e do vinho, o município também se
destaca no setor moveleiro e realiza anualmente a Expo-Bento, no Parque de
Eventos, no bairro Fenavinho, uma das maiores feiras multissetoriais do Brasil.
Carlos
Barbosa
Os primeiros
imigrantes que habitaram o município foram os luso brasileiros. Em 1855
os primeiros imigrantes alemães, franceses, poloneses, suíços valesanos,
portugueses e espanhóis se instalaram em Carlos Barbosa. Por volta de 1875, um
numeroso grupo de italianos, procedente de oito regiões da Itália, maioria do
Vêneto e da Lombardia, estabeleceu-se na região para completar o povoamento.
Os engenheiros, agrimensores e
serviçais de Porto Alegre, Montenegro e São Sebastião do Caí mudaram-se para Carlos
Barbosa com o objetivo de administrar e legalizar os lotes das colônias.[3]
Carlos Barbosa emancipou-se de Garibaldi no dia
25 de setembro de 1959 e teve como primeiro prefeito José Chies e vice-prefeito
Ernesto Antônio Carlotto (1960/1963).
O foro da Comarca foi criado no dia 10 de janeiro de 1985 e a primeira
Juíza de Direito foi a Dra. Ana Beatriz Iser.
Atualmente a
fábrica Tramontina destaca-se na produção de talheres, panelas, pias e
equipamentos elétricos e a Cooperativa Santa Clara na industrialização do leite
e seus derivados. A cidade recebe anualmente milhares de turistas, oferecendo
aos seus visitantes o famoso passeio de trem (Maria Fumaça), pela Ferrovia do
Vinho, com parada em Garibaldi, tendo
como última estação a cidade de Bento Gonçalves.
O Município
comemora anualmente a Festiqueijo, que é uma festa tradicional italiana, com
farta gastronomia, evento que é realizado no salão paroquial da Igreja matriz
da cidade.
Rosa Maria B. Kaspary
Pesquisadora
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